Alegra-me comunicar-vos que “dei
alta” a 11 (onze) dos nossos doentes. O número é pequenino, mas podem crer que
tem muito significado, porque é extremamente difícil curar/sarar as úlceras dos
leprosos. O primeiro a quem consegui curar duas perfurantes plantares (úlceras
na planta do pé, muito profundas) encheu-me de um grande orgulho, porque eu
nunca acreditei que fosse possível… É certo que estes 11, de vez em quando têm
uma mazela ou outra, que precisam de ser “vigiados” (especialmente os olhos
precisam de manutenção regular). É certo também que a estação húmida favorece
um pouco os doentes – no tempo seco, devido à falta de hidratação da pele, as
gretas, as infecções e as úlceras são mais fáceis de acontecer. Mas, se fiquei
mais “leve” de trabalho – embora continue com outros doentes difíceis e
renitentes, por outro lado fiquei sobrecarregada de trabalho infantil. (…)
Ana Maria (Voluntária da APARF ao serviço dos Leprosos)
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